segunda-feira, 9 de agosto de 2010

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Poesias musicadas

Composição: Jayme Caetano Braun - Luiz Marenco

Frente ao caminho me calo, e o pensamento sofreno
O mundo é muito pequeno, prás patas do meu cavalo
Nesta jornada terrena, aprende muito quem anda
Sempre que a alma se agranda a estrada fica pequena

A carpeta da distância é a escola do jogador
Se invide mais de um amor, mas só se perde uma infância
O jogo da redoblona, é a lei maior do combate
Nunca se agradece o mate, se tem água na cambona

O amor ao chão não tem preço, se aprende deste piazinho
O brabo é achar o caminho, pra retornar ao começo
Onde há vaca existe touro, este é o primeiro decreto
E até o mais analfabeto sabe brincar de namoro

Por escondido que seja, o rancho que tem bailanta
Guitarra, gaita e percanta, meu flete sempre fareja
Eu penso, penso e repenso, ninguém nasceu pra ser mau
Quem usa freio de pau, é por gostar do silêncio

Deve haver algum feitiço, depois que o tempo nos laça
O mundo não tinha graça se a vida fosse só isso
Frente ao caminho me calo, e o pensamento sofreno
O mundo é muito pequeno, prás patas do meu cavalo

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Poesias musicadas


Onde Andará
(GUJO TEIXEIRA / JOCA MARTINS /FABIANO BACCHIERI)

Onde andará a silhueta
Desses antigos campeiros
Que desenhavam saudades
Na fumaça dos palheiros
E madrugavam setembros
Na voz clara dos braseiros.

Onde andará a "mañanita"
Dos mates de gosto bueno
Da encilha dos gateados
Contraponteando o sereno
E a humildade dos ranchos
Guardando sonhos morenos.

Onde andará o verso claro
Ponteado numa canção
Que se espalhava em floreios
Pelas tardes do galpão
E matizavam campeiros
Ao som da gaita e violão.


Onde andará a tarde longa
Das ressolanas campeiras
Onde a alma desses tantos
Cruzava além da porteira
Pra o mundo das invernadas
Por não saber das fronteiras.


Por onde andará o semblante
De um avo maragato
Que eternizou seu silêncio
Na moldura de um retrato
E dos seus causos antigos
Desses campeiros de fato

Quem sabe andam perdidas
Na saudade dos avós
Ou presas dentro do peito
Querendo salta na voz
Mais bem certo elas se acham
Guardadas dentro de nós.